Eu sempre fui do tipo de pessoa que tenta se encaixar em
algum lugar, até perceber que não sou uma pecinha de lego. Quer dizer, desde
que saímos da barriga da nossa mãe para dar um olá ao mundo nós temos a
sensação de que precisamos nos encontrar como indivíduo, sabe, achar nossa
turma, pessoas com quem compartilhamos gostos musicais e essas coisas. Eai para que isso aconteça começamos uma busca
interna, será que gosto de rock e me vestir
de preto? ou será que gosto de Taylor swift e usar vestidos meigos?
E esse será é o que nos sufoca diariamente, já não basta convivermos com o
“será que quando eu morrer irei para algum lugar especial ou simplesmente deixarei de
existir?” ainda temos que conviver com
todos esses “serás” que nada soma, que só nos limita!
Mas vejam só o que eu aprendi, eu aprendi que não dá pra
saber se vamos pro céu quando morrermos ou não, mas da pra aproveitar a vida
sendo um monte de coisa ao mesmo tempo, abrindo a mente, mudando de opinião e
ainda da pra usar uma camiseta escrito “Ramones” e escutar Zeca pagodinho, e
sabe por que meus amigos?
Porque ninguém é uma coisa só, nós somos um pouco de tudo ao
nosso redor e tudo ao nosso redor é algo tão abrangente, absorvemos e convivemos com coisas diferentes a cada dia, temos todo o direito de mudar de opinião de vez em quando, de mudar o estilo, a mente, o jeito de pensar. A vida é algo que não tem um sentido definido e universal e temos que parar de tentar dar um sentido a ela o tempo todo, devemos parar
de rotular tanto as pessoas, a vida é curta de mais para pararmos de fazer
algo que gostamos só porque não se encaixa no padrão de roupa que vestimos,
musicas que escutamos ou esporte que praticamos e ela é ainda mais curta quando
se trata de se importar com pessoas de mentes limitadas que nos julgam e nos
rotulam o tempo todo, por ainda acharem que dá mesmo pra ser uma coisa só a vida toda,
pobre dessas pessoas, elas me cansam.